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12 de novembro de 2019

Você sabe o que é compliance? Saiba como implantar no seu negócio

Compliance significa estar em conformidade com normas, controles internos e externos, bem como políticas e diretrizes estabelecidas para a empresa. Essa atividade visa reduzir riscos e assegurar que o negócio cumpra, rigorosamente, a legislação imposta pelos órgãos de regulamentação.

Entender o que é compliance e implantar esse programa são ações fundamentais para as empresas preservarem a reputação de suas imagens perante o público e evitar grandes perdas financeiras. Além disso, definir normas e procedimentos internos para garantir que o negócio esteja em conformidade com a legislação cria uma vantagem competitiva e fortalece a valorização dessas organizações no mercado.

No Brasil, as práticas de compliance passaram a conquistar grande importância no contexto empresarial nos últimos anos. Um dos maiores motivos foi o elevado nível de corrupção deflagrado no país e no mundo, envolvendo os setores público e privado. Nesse sentido, o conceito tem por objetivo gerar valor às organizações, garantir sua sobrevivência e prevenir riscos desnecessários que possam denegrir sua credibilidade.

Afinal, você sabe o que é compliance e como implantar esse programa em sua empresa? Preparamos este artigo para ajudar você a entender esse conceito e os primeiros passos para colocá-lo em prática. Continue a leitura e descubra!

O que é compliance?

Resumidamente, compliance significa estar em conformidade com normas, controles internos e externos, bem como políticas e diretrizes estabelecidas para a empresa. Essa atividade visa reduzir riscos e assegurar que o negócio cumpra, rigorosamente, a legislação imposta pelos órgãos de regulamentação, incluindo padrões inerentes às instâncias fiscal, trabalhista, financeira, ambiental, contábil, previdenciária, criminal etc.

O termo compliance vem do verbo inglês “to comply”, que significa estar de acordo com a regra, com um pedido, um comando ou uma instrução interna. Essa concepção se disseminou em meados da década de 1990, nos Estados Unidos, como um princípio adotado sobretudo por instituições financeiras.

Hoje, o compliance tornou-se um conceito rico, altamente atrelado aos procedimentos internos das organizações, compostos por metodologias específicas de trabalho, políticas internas, gestão de pessoas, análise e prevenção de riscos, auditorias, gestão de crises etc.

Qual a importância do compliance para as empresas?

Gerir e prevenir crises, criar padrões para minimizar todos os riscos possíveis em relação às atividades da empresa e garantir que o negócio esteja em conformidade com normas externas são, por si só, razões que justificam a importância de estar em compliance no mercado, não é mesmo?

Por meio de boas práticas e procedimentos, as empresas conseguem evitar grandes perdas financeiras provenientes de multas, corrupção ou desvios de qualquer outra natureza burocrática irregular. Podem, aliás, cuidar da imagem de uma organização, prevenindo crises desnecessárias, cujos efeitos são capazes de deslegitimar uma marca construída há anos.

Além do mais, engana-se quem pensa que as atividades de compliance são reservadas apenas às grandes empresas. Na verdade, elas devem ser praticadas por qualquer empreendimento, do micronegócio às multinacionais.

A adoção de padrões éticos passou, inclusive, a ser um requisito básico do mercado atual. Nesse sentido, em muitos casos, é quase obrigatório que as empresas criem programas preventivos e de monitoramento para gerar valor aos seus stakeholders, ou seja, os atores vinculados ao negócio, como colaboradores, clientes, fornecedores etc.

Por que as empresas devem investir em compliance?

Mais do que estar em conformidade com as leis e os padrões impostos pelos órgãos reguladores, o investimento em compliance tornou-se uma estratégia de mercado. O objetivo consiste em agregar valor à sua imagem e usar esses requisitos como elementos de marketing.

Empresas com políticas de transparência e governança humanizada, que respeitam o meio ambiente, tratam bem seus funcionários e atendem seus clientes com excelência, tendem a ter muita vantagem competitiva.

Para tanto, estar em compliance não significa somente interpretar leis que regulamentam suas atividades. Vai muito além. É um investimento na própria imagem da empresa, visando estruturar padrões eficientes de controle interno, além de monitorar possíveis riscos operacionais no dia a dia.

Empresas que trabalham com base em princípios éticos também têm mais facilidade de ter desconto em linhas de crédito, maior rentabilidade e uma carteira recheada de clientes.[eBook] Base de conhecimento: como escrever conteúdos eficazes

Como implantar uma área de compliance?

Já se convenceu sobre a importância de implantar atividades de compliance em sua empresa? Então, conheça os primeiros passos de como aplicar essa estratégia:

Faça análise de riscos

É indispensável fazer uma análise de riscos para compreender o que sua empresa precisa para estar em conformidade com as normas externas que regem suas atividades. Para isso, é necessário conhecer minuciosamente a legislação e ter capacidade de relacionar a atuação do negócio com os marcos regulatórios.

Elabore um código de conduta

Para garantir que as atividades da empresa estejam em compliance, é necessário elaborar políticas e códigos de conduta, de modo a minimizar as possibilidades de riscos no dia a dia de trabalho. Criar padrões internos é muito importante para manter tudo em ordem.

Invista em comunicação e treinamento

Além disso, é preciso investir na comunicação dos padrões adotados. Recomenda-se a elaboração de manuais, cartazes, folhetos e outros tipos de comunicações que tenham caráter pedagógico e reforcem as boas práticas de conduta no interior da empresa.

Outra ação importante é a promoção de treinamentos com foco em compliance. Os colaboradores são o maior ativo de um negócio, por isso, é preciso investir na qualificação constante desses atores.

Fortaleça rotinas de inspeção e controle

É indispensável, também, que a empresa monitore e controle as atividades desenvolvidas. Só assim será possível identificar riscos, problemas de conduta ou qualquer outro indício de irregularidade. Nessa perspectiva, os processos de auditoria são essenciais.

E se essa análise detectar problemas? Nessa situação, deve ser iniciada uma investigação, com o objetivo de apurar o caso. A partir das conclusões encontradas, é fundamental a tomada de alguma decisão para corrigir a violação e definir as medidas cabíveis aos seus responsáveis.

Crie canais internos de denúncias

A empresa também precisa contar com, pelo menos, um canal interno voltado para receber denúncias de ocorrências que saíram do protocolo e colocaram o negócio em risco. É importante que seja garantida a confidencialidade dessas denúncias.

Essas foram algumas dicas do que é preciso para implantar atividades de compliance em sua empresa, lembrando-se de que, para isso, é imprescindível montar um time de profissionais especializados.

Outro ponto a se destacar é que compliance não é simplesmente um conceito aplicado à interpretação de leis, trata-se de um conjunto de boas práticas e procedimentos indispensáveis para gerar valor à organização e evitar grandes perdas financeiras e de credibilidade.

Prevenção a fraudes, gestão de crises (de riscos e de pessoas), segurança da informação, atendimento a auditorias internas e externas, entre outras atividades formam o que é compliance. Os negócios que não seguem esses padrões estão vulneráveis a serem prejudicados, de modo irreversível, por erros que poderiam ser evitados a partir das ações certas.